sábado, 6 de maio de 2017

Vazio de outras horas

Já se passaram mais de 5 anos. Quase que não sinto mais seu sabor. Quase. Mas lá no fundo, bem no fundo, a esperança do reencontro permanece. "Deixe-me dizer ou não me deixe mais" parece não ter fim, apesar do tempo. A grande novidade é que agora não carrego mais a culpa. Sem mais tristezas remotas. E quase que posso afirmar, sem mais saudades infinitas. Finalmente avisto o horizonte limpo, ainda que paralelo a esperança do contato mágico que um dia permeou nossos corpos. Tive alguns sonhos. Espasmos rotos no tempo do deslumbramento. Neles nossas performances novamente se esbarravam, gerando aquela explosão fervorosa de eras. Como disse, foram sonhos. Bons. Doces. Saudáveis. E pareciam tão reais! Por conta dessa aparência que acredito no reencontro algum dia, ou até mesmo em outra vida, quem saberá? Fato é que o vazio de outras horas, pela falta que me fez, não mais reside o meu ser. Acredito que não mais o seu também, se é que um dia residiu. Ainda na inocência dos momentos gloriosos vislumbrados, só permaneço a desejar que ao menos recorde com afeto e, talvez esteja pedindo demais, mas, se possível, tenha também a esperança de um acerto. Que seja um acerto de contas! Como preferir! Apenas acredite! Eu acredito.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

JTJ - Maio de 2014

Um pouco fora de si. Nem um pouco, só um frasco. Uma túrgida expressão errante, nada mais. Mas quais diálogos não seriam tão folgais se não fossem por tais usuras? Vislumbro aqui e agora um penetrante saber da vida, só mais um dentre os sabores. Chega, paro-me aqui, falei-me demais. Porémm, talvez, um "pouquito" mais fragil e exuberante possa detalhar tais momentos... Não, não ousaria. Queres saber o sabor desta maneira? (...) Cansada, porém em vida ainda, procuro me despertar tais sentimentos que não se prendem mais em mim. Passo o compasso de cada mensagem lida. Encurralada pelo destino decido não mais fugir. A verdade é que os momentos são mais preciosos do que aparentam, portanto não há motivos para não os viver. Enfim, o que fiz foi me agarrar aos seus ombros amigos. Estou morta, por assim dizer, sabes? Mas não morto a ponto de dizer que não tenho mais batimentos, mas sim morto no sentir, sabes? na essência. Mas porém, às vezes, coisas acontecem, essas coisas reanimam e me fazem despertar daquele sono eterno meio pesadelo, meio vislumbre, mas ainda um sono. O que importa é que agora estou acordado, ou pelo menos assim penso eu, talvez a resposta venha de você, é apenas um sonho? um delírio? ou uma realidade um pouco mais adocicada e amena? E esses fantasmas de mim mesmo, tentam me fazer a acreditar nessa falsa realidade, assim o meu refúgio, a minha segurança acaba sendo somente o meu silêncio, que isolado do mundo, aprisiona-me e me refugia, como se os fantasmas de meus pensamentos fossem espantados na luz do dia. Um silêncio que na simplicidade me acalenta, que apesar de seu aspecto sombrio me renova, confortando-me em todos os momentos, naqueles em que as minhas dúvidas me corroem, as incertezas vem á tona, a solidão transparece para o mundo. Os meus pensamentos são sempre os mesmos, já estou cansada desta rotina. Só ele permanece imutável, o primeiro a selar o fim. Quando nada é dito, nada se concretiza. E o único silêncio que nos perturba, nos atormenta é aquele que fala com a alma, aquele que transparece as mágoas, as incertezas, e o nosso próprio medo. E o medo, o que viria a ser? As ilusões as vezes palpitam feitos sombras de algodão doce. Acho que devo, enfim, retornar às emoções que me fizeram debruçar em seus ombros amigos - Ilusões mórbidas e incandescentes que me sugam ao despertar da vida.- Agarrei-me, sim, pois não poderia mais fugir. Tristes são aqueles que não sentem mais o verdadeiro existir. (...) Enfim, fora de si, busco os cacos de vidro desse imenso vitral.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

A dependencia

Infinitamente vasto Eterna solidão mergulho no mundo secreto do coração [latente] Vibrante exaustão de si apenas a musica do silêncio penetrante escuras sensaçoes Exatidoes rasas se misturam com o perfume do seu céu Ainda que eu caminho nesse caminho incerto focal permanece o vazio Dádivas da vida alheia [ lembranças ] Deliciosamente imersa agora no maisfundodoprofundodofundo deleito-me Cristais quebrados continuam a tilintar [ passionais ] Imensidão do vagão vago da vida Pura e singela emoção Escapo Eis-me aqui a juntar os cacos raros dos rastos vastos.

domingo, 2 de junho de 2013

Pureza magnificente

No silêncio do brilho das estrelas

              perplexo vazio

Sinta   !                


         O transbordar

latente.