sábado, 6 de maio de 2017
Vazio de outras horas
Já se passaram mais de 5 anos. Quase que não sinto mais seu sabor. Quase. Mas lá no fundo, bem no fundo, a esperança do reencontro permanece.
"Deixe-me dizer ou não me deixe mais" parece não ter fim, apesar do tempo. A grande novidade é que agora não carrego mais a culpa. Sem mais tristezas remotas. E quase que posso afirmar, sem mais saudades infinitas. Finalmente avisto o horizonte limpo, ainda que paralelo a esperança do contato mágico que um dia permeou nossos corpos.
Tive alguns sonhos. Espasmos rotos no tempo do deslumbramento. Neles nossas performances novamente se esbarravam, gerando aquela explosão fervorosa de eras. Como disse, foram sonhos. Bons. Doces. Saudáveis. E pareciam tão reais! Por conta dessa aparência que acredito no reencontro algum dia, ou até mesmo em outra vida, quem saberá?
Fato é que o vazio de outras horas, pela falta que me fez, não mais reside o meu ser. Acredito que não mais o seu também, se é que um dia residiu. Ainda na inocência dos momentos gloriosos vislumbrados, só permaneço a desejar que ao menos recorde com afeto e, talvez esteja pedindo demais, mas, se possível, tenha também a esperança de um acerto. Que seja um acerto de contas! Como preferir! Apenas acredite!
Eu acredito.
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