quarta-feira, 19 de setembro de 2012

As vezes o sentido de algumas coisas transforma o sentir...


Escutei a cachoeira interior de alguns febris familiares, congelei os sentidos. Perturbada com o triste destino peculiar dos indivíduos noturnos pensei no eu interior catatonicamente. Relembrei alguns costumes antepassados que guiaram algumas cenas do passado próximo. Remendei com o presente e apaguei um futuro que não se pode vislumbrar. Encontrei-me nua e solitária. 

Prevaleço encostada numa pedra gigante ouvindo sons e ruídos distantes, mas agora não sinto mais o mesmo arrepio de antes. O que eu sinto é o que não se sente no existir comum, o que eu sinto é o que não explico. 

- O que você sente?  

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Estive pensando... Nao cheguei a conclusão alguma, mas decidi algumas coisas. Será melhor, talves, não pensar mais... simplesmente agir, seja da forma mais pura e singelapossivel... Não quero ser eternamente assim, mas como? A verdade é que não existe verdades. Isso não é bom, mas é assim. O que faer? Não sei. Você sabe? Talves um dia descubramos qual é o verdadeiro sentido de tudo isso, mas enquanto as borboletas vivem, nós permanecemos voando com os questionamentos de sempre. como está sua saude, um dia me perguntaram.Eu não soube responder, além de duas palavras: Não sei. 3 h depois encontrram-me jogada na cama, sem comer, sem beber, sem banho, sem nada... e lá permaneci durante 3 anos.Como alguem consegue ficar vivo assim? Sonhando coisas que acontecem, nao sei como, e vivendo coisas indescritiveis e ireais...até quando? Enfim, aqui estou e aqui espero.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Os 10 mandamentos do protocolista

1.Nenhum artista é obrigado a realizar nenhuma ação, muito menos a de protocolar; 2.Todo protocolista tem o direito de criar seu protocolo no momento que quiser, durante ou depois da vivencia; 3. Direito de criá-lo da maneira que quiser, com o apoio de uma linguagem performatica, teatral, visual, musical, corporal ou literaria; 4. Poderá apresentar ou não seu protocolo para outros artistas de seu processo; 5. Se apresentado, não é preciso ser inteiro nem da mesma maneira que foi criado; 6. Não deve preocupar-se com uma possiel avaliação realizada em cima de seu material protocolado, afinal um trabalho artistico não pode ser avaliado por ninguem, muito menos um protocolo (só é possiel ser analisado e ter comentarios individuais de cada pessoa que pretender analisá-lo); 7. Liberdade de expressão, fator fundamental; 8.9.10. Esses são os meus 10 mandamentos para um protocolista que queira aceitá-los, pois assim como eu tenho o direito de escrever 10 mandamentos em 8 tópicos todos tem o direito de escrever ou não, aceitar ou não...

sexta-feira, 23 de março de 2012

Passarinho que sou...

Não tenho mais duvidas: Cresci. Aquele papo de que “mas ainda tenho 19 anos” não cabe mais nesse pequeno dicionário da minha vida. E é esse crescer, envolvente da forma mais bruta e bela, esse desenvolver-se que me guia não sei por onde até o incerto algo do existir que me é dado como prêmio.

O que é crescimento? Indiferente de todos os mitos da humanidade injusta, crua e indefinida, é nada mais que a assustadora necessidade de uma surra materna, uma brincadeira de cócegas feita por um pai ou o escutar de um choramingo profundamente melancólico daquela que já viveu tudo o que tinha para viver, mas ainda assim permaneceu vivendo/choramingando por um bom tempo (talvez só para deixar essa cicatriz adoravelmente necessária). Vontade tremenda de voltar no tempo... Ou até mesmo de nunca existir.

Toda essa evolução não passa de mais uma página, dentre inúmeras, talvez infinitas anotações futuras de um saber completo de tudo. Algumas ocasiões deixam a certeza da insanidade, outras da intelectualidade. Somente o existir permite tais incertezas provando o valor do ser, ainda que caótico, mas presente. Sei do que é efêmero. A vida é efêmera.

Tento visualizar do ponto de vista externo esse voar sem objetivos, a indefinida migração dos pássaros em busca de um alimento que abasteça a coragem para continuar voando. Vejo o vazio, aterrorizada, mas conhecendo o numero de paginas que já li permaneço sem desviar os olhos medrosos desse nada. E o nada é tentador.

Sou absolutamente compelida a seguir nesse céu, horas verde azulado horas amarelo avermelhado. Tecendo contornos coloridos com asas que perdem a cada dia uma pena. Pintando fios de uma teia obstruída de misteriosas verdades improváveis. Simplesmente sendo/estando, aqui/agora.

E quando uma ave de passagem pela trilha do meu céu perguntar se vale a pena, eu não saberei responder; mas por algum motivo desconhecido, alguma força da tentação condutora desse nada, irei dar-te um abraço, animador ou não, e dizer: Voe!




Jenyffer Lisboa
14/03/2012 – 04:14

quinta-feira, 22 de março de 2012

O meu existir é assim; recheado de todos os sabores...

Hoje acordei sóbria, porém indelicadamente sem emoção. Viver é presenciar sonhos ou pesadelos de cada dia, dos quais medo não tenho mais; vivo, apenas. Acordei para viver. Estou vivendo um pesadelo camuflado de sonhos de chocolate, sonhos recheados de todos os sabores, sonhos adoraveis.

O sonho de hoje foi olhar mais uma vez o brilho nos olhos de um sorriso com medo, apenas olhar. Não desejar tocar, não agora. Observar também é uma dadiva excitante para meu pesadelo sonhante. Admirei encantanda e depois, desencantei-me.

Pulso ardente,k quase febril, passeando pelos corredores longos e sem fim de um sonho; só mais um dentro outros espasmos da vida. E o pesadelo não acaba enquanto há vida, os sonhos não estragam durante a existencia do ser e as personagens vem e vão numa dança de sensações, algumas catarticas em emoções enquanto outras, simplesmente variações do existir.

O meu existir é assim; recheado de todos os sabores...
(12/03/2012)

quinta-feira, 15 de março de 2012

Espere-me dizer ou não espere mais

Se um dia estas portas ousassem, abrir-se-iam em contraponto à luz. Nos contornos daquilo que seria feito o momento, teu semblante negro dizendo uma boa nova. Imagem categorica, vislumbre. Acordei com mil ideias e uma vontade de preencher em papel seda, moldar os contornos imprevisiveis de um tempo colado a essa imagem santa e depois... Queimá-la, aos susurros das folhas se desfazendo ao fogo, só para ver dali os vestigios de luz ao redor.

Mas e o depois? O momento, lento, é deliciosamente seu, meu, nosso. Deitei com um medo tremendo. Medo de dormir e acordar sabendo que estava apenas sonhando. Mas acordei, calna. Como uma pluma caindo sobre o chão percebi que os ventos trouxeram a brisa da minha manhã. E o depois... outras brisas, outras manhãs. Minha voz, ja quase rouca de tantos cigarros, ensaia um contorno de frases ditas e não ditas, contorna o ensaio de um adeus indesejavel, mas breve, espero. E é somente esse o dia, o esperar.

Esperar que talves se resuma no mover-se de portas, nos passos lentos de um dedo titubeando largado à propria leveza, na presença obvia e magica do acaso. Sendo tanta coisa e tão pouco: a espera. Porém cansei-me do relogio, e se há um depois que seja extamente a extensão deste imediato, escolho encontra-lo nos dedos. Ainda que prevaleça o vazio de outras horas, sei da carne e da presença; hoje o faço, pois tudo o que fiz do mundo, mundo mudo se desfez em mim.


M & J - 11/03/2012

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

nostalgia e visoes futuristicas, combinacao futil e deliciosamente flagelante.

Sinto-me cada vez melhor, apesar de ter a certeza de que agora meu futuro nao pode ser outro alem de passar uma velhice com mais ou menos 35 anos de idade sentada numa rede no quintal da casa da minha vo (espero, mas mais provavel da minha mae) tomando suco de cenoura e pitando harmony ate, enfim, morrer. Imagino que talvez receba algumas visitas em especial (as quais nao preciso citar nomes ou ate mesmo nem conheca ainda).

Sinto-me cada vez mais completa e ao mesmo tempo mais inutil, tendo a certeza de que nunca vou estar plenamente satisfeita (amem!) nem minimamente tranquila (INFERNO ETERNO!).

Sinto-me viva, enfim...

... e quase morrendo.